Sacramentum


Sacramentum


No beco escuro, entre uma viela e outra.
Pequenas ruas... O breu e o silêncio.
Feito animal no cio ele rondava
Buscando o momento exato do ataque
Feito predador fitava sua presa
O vento e o cheiro da chuva.
O excitava.
E transformações o cercava.

Seus olhos amendoados observavam enigmaticamente
Seus dentes a postos para o embate.
Para o rasgar de pele.
Sorrateiramente emparedou sua vitima.

Sem muitos esforços
Ela rendeu-se.
Cedia ao comando de seus olhos
Entregava-se e implorava por morrer em teus lábios.
E ele apenas a observava.

Cheirava a pele e apenas fitava seus movimentos.
Deliciava-se com o aroma de medo e pavor que vinha dos olhos dela.
Tua língua e teus dentes passeavam pelo colo desnudo.
O ritmo frenético de seus quadris buscando o membro rígido
Atormentada pelas mãos, que percorriam cada centímetro do tecido Carmim.

Deslizando com tua boca quente até o sexo molhado.
Salivando cada espaço.
A escorrer, lambuzar e marcar.
Marcas vermelhas.
Rubras
Intenso rio vermelho
A escorrer de tuas pernas

Em um sorver de prazer
De loucura e insanidade
Demência e orgia.
Sorver e estocar.

Foder!
E degustar
“Vinho na taça dos impuros”

Arrancar de tuas vitimas o proibido.
A marca. O selo
O código matriarcal.
Seu elo sagrado de Sodomia.

Estocava, sorvia e observava.
Rasgava-lhe a pele com tuas presas.
Prostrada lhe invadia a carne.
Em movimentos de vai e vem.
Seu mastro abria caminhos.
Sentava-se com maestria em teu rei
Entregava-se aos seus súditos.
Ao principado da noite.

Os olhos famintos devoravam até o último gemido.
O foder de línguas, mãos e membros.
Duplamente violada.
Duplamente sacramentada.
Sacramentum



Senhorita Malagueta
Bloody Kisses










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