Boemia de Prazeres.





Boemia de Prazeres.

Porque me enoja tanto?
Se ainda o quero.
Por que te atreve a me usurpar a alma?
Se nem meu dono és.
Porque de tantas boemias e devaneios perdidos?
Se nem ao menos gozares me faz.
Se esta tua mão vadia me arrebentas ao entrares em minha carne
Se me sugas e levas de mim o mais puro féu.
Se me tomas que nem vadia em noites perdidas
Ainda assim, ainda depois de desposares outras.
Ainda assim o quero!
Mesmo assim me entrego
Libertina, marafona e promiscua.
Quero me deleitar de teu gosto proibido
Quero me lambuzar do lixo urbano que nos traga a toda noite
Apenas lhe peço, que me force, me esforce  em teus braços
Em teus caninos brancos apenas me rasgue
Não me perguntes nada, apenas me queira.
Apenas se deleite em minhas pernas.
E após o deleite.
Apenas se vá sem olhar em meus olhos.
Deixe apenas o velho aroma de cigarro no quarto barato de hotel.



Senorita Malagueta

Comentários

Anônimo disse…
Quem é viva sempre aparece e quando menos espero.
Mais crua, fria e excitante que nunca!
A frieza do querer, a vontade carnal, o elixir do prazer mais humano.
O devaneio da alma febril, as quimeras da mente insana.
Tudo isso unido veemente por tão incríveis descrições e desejos.

Parabéns a querida das minhas eternas noites, a quem um dia tanto me extasiou.

FOX