***Chuva, Gemidos, Palavras Desconexas Misturadas ao Gozo***





***Chuva, Gemidos, Palavras Desconexas Misturadas ao Gozo***

A noite cai  nesta cidade tão agitada.
 Me lembro de ter feito tantas coisas e ainda assim meus pensamentos são somente dela.
Olho através da vidraça a chuva cair lá fora e aqui dentro o fogo que me consome.
Combinamos que não nos falaríamos mais e que seriamos profissionais.
Hoje mesmo mal nos olhamos, apenas trocamos dois olhares.
Olhares estes que foram fulminantes, quase que nos despimos.
Falamos pouco, nada sei dela, telefone, endereço ou algo que possa me encorajar a ir a seu encontro.
Mas também o que eu falaria?


São quase  vinte e três horas e meu corpo consome de desejo.
Me lanço no sofá e ao fechar os olhos sinto minha pequena me despindo aos poucos, peça por peça.
Suavemente beija meus pés e percorre minhas pernas e coxas com furor.
Sinto seu cabelo molhado em minha pele, aumentando mais minha excitação e contrações.
 Seus lábios deslizam com volúpia em minha barriga.
Delicada e sorrateira desabotoa meu sutian deixando a mostra meus seios rijos e rosados.
É a primeira vez que nossos olhos se cruzam.
Vejo sua boca quente a me devorar e me encarar como se quisesse mostrar que desde o princípio sabia que eu a desejava.
Sinto o sugar de sua boca fortemente.
Nossos gemidos ecoando na sala, o vapor de nossos corpos demarca a vidraça.
A cada gemido uma sensação nova, sinto pela primeira vez suas mãos adentrando meu sexo.
Êxtase total no seu vagaroso  vai e vem, me explorando, tateando.
Cuidadosamente toca cada parte  e seu ar desafiador quase me faz gozar.
Como em um gesto de provocação, tira suas mãos de dentro de mim e leva a boca se deliciando com meu mel.
Sinto minha buceta pulsar como se quisesse explodir.
Ela nem tinha feito quase nada eu já me derramava, inundando meu sofá ao seu toque.


A campainha toca.
Me assusto.
Olho na janela, agora tempestade lá fora.
Nem vi que horas ela começou.
Ainda descomposta corro atender a porta.
Quero saber como alguém sobe sem ser anunciado.
Abro a porta e, para minha grande e imensa surpresa, lá está ela.
Minha pequena, que nem era minha, toda molhada da chuva.
Custo a acreditar.  
Ela apenas olha por baixo dos cabelos curtos e molhados e sem dizer nada me toma.
Sabe o que eu quero.
Me lança no sofá e sentindo meu cheiro de fêmea deduz o que eu estava a fazer.
Safada, apenas sorri e adentra meu sexo com sua boca e extrai de mim o que já estava por explodir.
Minha pequena extrai de mim as maiores notas, gemidos, gritos e palavras desconexas em meio a tempestade.





Comentários